'Faísca pode causar explosão', diz Corpo de Bombeiros sobre incêndio causado por cigarro aceso em posto de combustível no MA

  • 06/11/2025
(Foto: Reprodução)
Homem acende cigarro e causa princípio de incêndio em posto de combustível em Timon O vídeo que mostra um homem acendendo um cigarro durante o descarregamento de combustível em um posto na Avenida Presidente Médici, em Timon, no leste do Maranhão, traz um alerta sobre os perigos desse tipo de comportamento. As imagens, registradas por câmeras de segurança, mostram o momento em que o homem acende o fósforo e, segundos depois, uma chama se espalha rapidamente pelo chão (veja as imagens acima). Ninguém ficou ferido, mas o caso, que aconteceu na noite de segunda-feira (3), assustou clientes e funcionários. O incidente reforçou o alerta sobre o risco de fumar em áreas de abastecimento de combustíveis. A prática é proibida por lei federal e pode provocar incêndios graves em questão de segundos. 📲 Clique aqui e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp O g1 conversou com o tenente-coronel José Lisboa, porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), que explicou como esse tipo de situação representa alto risco. “Para que um incêndio aconteça, são necessários três elementos: calor, combustível e oxigênio. Quando alguém acende um cigarro em um ambiente onde há vapores de gasolina, esses três fatores se unem. Os vapores entram em ignição com qualquer centelha. Essa movimentação faz com que os gases inflamáveis se concentrem em algumas áreas e até se desloquem com o vento. O que queima, na verdade, não é o líquido, mas o vapor que ele produz. Por isso, uma simples faísca pode causar uma explosão”, disse. Esses vapores, segundo Lisboa, são mais pesados que o ar e se acumulam próximos ao solo, o que aumenta o risco de ignição. “Eles podem se espalhar de forma horizontal e percorrer pequenas distâncias. Quando entram em contato com qualquer fonte de calor, seja um fósforo, um cigarro ou até uma faísca elétrica, o incêndio pode começar instantaneamente”, completou. Além de explicar como o fogo se forma, o tenente-coronel reforçou as medidas básicas de segurança que os postos devem adotar. “Durante o descarregamento, é preciso isolar a área, proibir o fumo e desligar qualquer equipamento que possa gerar faísca. Também é obrigatório o aterramento do caminhão-tanque para evitar a produção de energia estática, que pode causar ignição. E o local deve contar com extintores adequados, sinalização visível e profissionais treinados para agir em caso de emergência”, afirmou. “Um fósforo aceso atinge temperaturas altíssimas, suficientes para inflamar a maioria dos vapores de gasolina. Então, o que parece um pequeno descuido pode virar uma tragédia em segundos”, explicou Lisboa. O tenente-coronel lembrou, ainda, que os frentistas e motoristas de caminhões-tanque recebem treinamento específico para lidar com situações de risco. “A legislação exige que esses profissionais sejam capacitados para manusear produtos inflamáveis e saibam como agir diante de uma emergência. Esse tipo de preparo é essencial para evitar acidentes”, destacou. O tenente-coronel também ressaltou que os postos precisam passar por vistorias periódicas e seguir todas as exigências do projeto de combate a incêndio. “Os extintores devem ser de classe B, adequados para líquidos inflamáveis, e precisam estar sempre testados e em condições de uso. A distância entre bombas e demais estruturas é padronizada para garantir segurança”, explicou. Além das fiscalizações, o Corpo de Bombeiros realiza campanhas educativas para conscientizar a população sobre os riscos de comportamentos inadequados em postos de combustíveis. “Temos campanhas em redes sociais, entrevistas e ações de orientação em locais de grande movimentação. O objetivo é lembrar que o posto é um ambiente de alto risco, onde há uma grande quantidade de material inflamável. Por isso, é essencial respeitar as normas: não fumar, desligar o motor e evitar qualquer tipo de faísca”, alertou. Relembre o caso Homem acende cigarro e causa princípio de incêndio em posto de combustível em Timon Reprodução Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem acendeu um cigarro durante o descarregamento de combustível e causou um princípio de incêndio em um posto na Avenida Presidente Médici, em Timon. Ninguém ficou ferido. O caso aconteceu na noite de segunda-feira (3). As imagens mostram as chamas se espalhando logo após o homem acender um cigarro e jogar o palito de fósforo no chão (veja acima). Clientes que estavam na loja de conveniência se assustaram e deixaram o local às pressas. As chamas foram controladas pelo frentista com um extintor, e o Corpo de Bombeiros não chegou a ser acionado. Uma moto quase foi atingida, mas não sofreu danos. O descarregamento foi suspenso até a situação ser normalizada. Segundo um frentista, os funcionários haviam orientado os clientes a se afastarem por causa do risco da operação de descarregamento. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Timon, o espaço externo com mesas e cadeiras, onde o jovem acendeu o cigarro, não estava previsto no projeto de combate a incêndio do posto. A corporação vai ao local nesta quinta-feira (6) para vistoriar a área e verificar se o estabelecimento continua garantindo segurança aos clientes e funcionários. Segundo tenente Wellington Soares Araújo, diretor de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros, a gasolina é altamente volátil, ou seja, evapora com facilidade e libera gases e vapores inflamáveis. Esses vapores podem se acumular no ambiente e, ao entrarem em contato com fogo ou faíscas, aumentam o risco de explosões e incêndios. Por isso, fumar próximo às bombas é extremamente perigoso.

FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2025/11/06/faisca-pode-causar-explosao-diz-corpo-de-bombeiros-sobre-incendio-causado-por-cigarro-aceso-em-posto-de-combustivel-no-ma.ghtml


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