Vítimas de Epstein e democratas acusam governo Trump de 'acobertamento seletivo' ao divulgar arquivos de bilionário

  • 22/12/2025
(Foto: Reprodução)
Foto de Bill Clinton na banheira está entre os arquivos do caso Epstein Opositores do presidente dos EUA, Donald Trump, e vítimas do bilionário Jeffrey Epstein expressaram indignação após a publicação de um conjunto aguardado de documentos do caso com páginas e fotografias censuradas. Eles denunciam um "acobertamento seletivo" devido à remoção de várias imagens dos documentos após a sua publicação na noite de sexta-feira (19), incluindo uma foto de Trump. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Além de abusar de menores de idade, Epstein teria operado um esquema de tráfico sexual de menores para clientes ricos e influentes que orbitavam em torno dele. "Trata-se de encobrir coisas que, por algum motivo, Donald Trump não quer que sejam divulgadas, seja sobre ele mesmo, membros da sua família ou amigos", disse hoje o congressista democrata Jamie Raskin, no programa "State of the Union", da rede de TV CNN. O material que começou a ser publicado na sexta inclui fotos que mostram o ex-presidente Bill Clinton e outras personalidades, como o líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, na companhia de Epstein, mas grande parte dos documentos teve diversos trechos ocultados, o que alimenta dúvidas e teorias da conspiração sobre um possível acobertamento de Trump e aliados que estariam implicados nos documentos. Imagens do caso Jeffrey Epstein inclui uma pintura mostrando o ex-presidente dos EUA Bill Clinton com um vestido azul e fotos do próprio Clinton ao lado de Epstein, de uma mulher e posando junto com Michael Jackson e Diana Ross REUTERS/Jonathan Ernst Os democratas exigiram respostas depois que uma imagem que incluía uma foto de Donald Trump foi removida da publicação online do Departamento de Justiça. "Se retiram isso, imaginem quanto mais tentam esconder", criticou o senador democrata Chuck Schumer. "Este poderia ser um dos maiores encobrimentos da História." Entre dezenas de trechos ocultados, um documento de 119 páginas intitulado "Grand Jury - NY" foi totalmente censurado. Jess Michaels, uma das vítimas de Epstein, disse que passou horas revisando os documentos, para encontrar seu depoimento e os registros de quando telefonou para uma linha de denúncias do FBI. "Não encontro nada", disse à rede de TV CNN. "Isso é o melhor que o governo pode fazer? Nem sequer uma lei do Congresso nos está fazendo justiça." Ainda assim, os arquivos jogam luz sobre os laços íntimos do financista com pessoas ricas, famosas e poderosas, incluindo o presidente Donald Trump. Ao menos um bloco de arquivos contém dezenas de imagens de pessoas nuas ou vestidas com pouca roupa. Fotos inéditas mostram o ex-príncipe britânico Andrew recostado sobre as pernas de cinco mulheres. Entre as fotos que ainda não haviam sido divulgadas, uma mostra o ex-presidente Bill Clinton, com aparência jovial, relaxando em uma jacuzzi, com parte da imagem ocultada por um retângulo preto. Outra imagem mostra Clinton nadando com uma mulher de cabelo escuro, que parece ser Ghislaine Maxwell, cúmplice de Epstein. Violação da lei O congressista republicano Thomas Massie, que pressiona há tempos para que as informações sobre Epstein sejam divulgadas, afirmou que a medida "viola gravemente tanto o espírito quanto a letra da lei" aprovada no Congresso, que obriga o governo a publicar todo o expediente do caso, exceto documentos que violem a privacidade das vítimas. Massie denunciou que não foi publicada uma acusação formal que implica várias pessoas ricas e poderosas: "Trata-se de uma ocultação seletiva." Hakeem Jeffries, líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, disse no programa "This Week", da emissora ABC, que funcionários da Justiça devem apresentar em até 15 dias ao Congresso uma explicação por escrito sobre o motivo que levou alguns documentos a serem retidos. O vice-procurador-geral, Todd Blanche, afirmou à ABC que não houve nenhuma tentativa "de reter nada" para proteger Donald Trump, que foi amigo de Epstein e tentou durante meses evitar a publicação dos arquivos em poder do Departamento de Justiça, apesar de ter feito campanha em 2024 com a promessa de total transparência sobre o tema. Por fim, o presidente americano cedeu à pressão do Congresso, inclusive do Partido Republicano, e promulgou em 19 de novembro uma lei que obrigava a publicação do material em 30 dias, prazo que se encerrou à meia-noite da último sexta-feira. Ghislaine Maxwell foi a única pessoa condenada até hoje em conexão com seus crimes. Ela cumpre pena de 20 anos por recrutar menores de idade para o ex-banqueiro, cuja morte foi considerada oficialmente suicídio.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/12/22/vitimas-de-epstein-e-democratas-acusam-governo-trump-de-acobertamento-seletivo-ao-divulgar-arquivos-de-bilionario.ghtml


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